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Somos alunas do curso de pedagogia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e temos com esse blog o objetivo de divulgar nossas ideias e pretenções com relação ao curso , sendo este criado com o direcionamento da Prof. Adriana Bruno - Educação On-line e o Prof. André Martins - Corporeidade e Educação, e assim podermos mostrar para todos o nosso trabalho como futuras pedagogas!!! Um Abraço! Danielle, Hellen Sara e Juliana

Corporeidade e Educação


CORPO, MERCANTILIZAÇÃO E EDUCAÇÃO: UM DEBATE NECESSÁRIO


A vida em sociedade exige que os indivíduos incorporem diferentes referências culturais  mais ou menos comuns, possibilitando a unidade social.


Na sociedade capitalista, uma das referências culturais é a tendência de transformação de tudo em mercadoria. Não somente  além da força de trabalho, também  os sentimentos e desejos  tendem a se tornarem mercadorias.


Nesse processo,  o ser humano   que sente, pensa  e age tende a se coisificar e as coisas, concomitantemente, tendem a ganhar vida. Um dos mecanismos sociais que expressão esse movimento é a imposição dos padrões estéticos que ao definir o que é “belo” e o que é “feio”, estabelece o que deve ser consumido, indicando que mercadorias se tornem mais importantes do que a vida humana.


 A mercantilização dos corpos  gera  um conformismo social, onde homens e mulheres são submetidos à um ordenamento político, econômico, social de uma cultura que não tem o ser humano como centro do processo histórico  


Uma das principais evidências desse processo é o fenômeno da “corpolatria”.  , isto é, idolotria do corpo ou  o culto obsessivo a um certo  padrão estético de beleza.





 Na sociedade capitalista a corpolatria oferece o “milagre” do prazer  concretizado  pela busca do “belo”. Além de realizar um “desejo”, a corpolatria permite que uma pessoa se sinta aceita socialmente ou se perceba como uma pessoa do seu tempo.


Essa referência cultural foi cada vez mais legitimada socialmente  pela mídia, naturalizando o processo de mercantilização do ser. 





Diante do que foi exposto, cabe uma indagação:  qual deve ser o papel da educação escolar diante desse fenômeno social? Acreditamos que  a escola tem o papel de conscientizar os alunos sobre as imposições culturais , em especial aquelas voltadas aos pradrões estéticos estabelecidos pela lógica do mercado. Problematizar a questão das diferenças pode ser o ponto e partida para compreensão de que  não existe um ser perfeito ou  uma beleza perfeita que deve servir de exemplo para todos.


É necessário construir um pensamento crítico que, ao desestabilizar a ideologia da corpolatria, sinalize o caminho de uma construção cultural em que a vida não se subordine à lógica mercantilista, promovendo desse modo   a formação de uma cultura nova capaz de estabelecer novas relações sociais. 




Referência(s)

BERGER, Mirela. Mídia e espetáculo no culto ao corpo: corpo miragem. Espírito Santo, 2007.

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